O Grupo Incom tem como atividade regular a apresentação das pesquisas em andamento. No dia 16 de junho, quarta-feira, às 14h, serão apresentados os projetos de pesquisa dos doutorandos pesquisadores do grupo que ingressaram em 2020 no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Linguagens (UTP). A atividade será remota e tem objetivo de compartilhar as pesquisas em andamento, possibilitar debate e contribuições aos projetos e prepará-los para o Seminário dos Doutorandos, que ocorrerá no início do segundo semestre de 2021. Abaixo estão os resumos provisórios das pesquisas.
Imagem e som: o videoclipe como elemento principal da construção da identidade de um artista alternativo no final do século XX
Doutorando: Antonio Carlos Persegani Florenzano
Orientadora: Profa. Dra. Denise Guimarães
Resumo: Embora o videoclipe tenha se tornado, entre os anos 1980 e 1990, uma poderosa ferramenta publicitária, alguns nomes do meio musical foram além do intuito comercial da divulgação dos trabalhos. The Cure, REM, New Order, Sonic Youth, Morrissey, Beastie Boys e Nirvana fizeram do formato um instrumento para construir trajetórias singulares. Partindo de tal questão, pretende-se verificar que é possível se distanciar da massificação do mercado, por meio da construção de personas e narrativas distintas do que é tradicionalmente utilizado na performance em videoclipes. Entre os objetivos está a identificação de fatores que separam o mainstream de um grupo fiel porém não tão diverso quanto uma multidão. Neste percurso serão explicados como é possível explorar elementos não convencionais nesse formato audiovisual, além de revelar a criação de conceitos de rock alternativo, mostrar as diferenças dos tipos de performances e questionar se as constantes mudanças tecnológicas ocorridas na comunicação mundial nas últimas três décadas ainda podem sustentar a força comunicativa e imagética do videoclipe como peça fundamental. O corpus será de obras dos artistas citados produzidas durante os anos 1980 e 1990. O recorte temporal se justifica por serem as duas primeiras décadas de atuação da Music Television (MTV) emissora estadunidense inaugurada em 1981 e espalhou filiais pelo mundo nos anos posteriores. Através deste formato audiovisual, bandas e cantores puderam ser conhecidos por jovens de todos os continentes. A intenção de se colocar o limite até a virada do século XX se dá pelo fato da internet logo depois criar plataformas que transformaram o consumo musical e o modelo de negócios mantido pela indústria fonográfica. Entre os conceitos abordados estarão os de mainstream, indústria cultural, ruptura, música alternativa, cultura pop e cultura de massa, videoclipes, contracultura, semiótica, identidade, alteridade, marginalidade, rebeldia, hegemonia , olhar e imagem, memória, instantaneidade, efemeridade, juventude e estudos culturais.
Palavras-chave: Videoclipe; MTV; identidade; mainstream; rock alternativo
Práticas experimentais, categorias de The Sigma Awards e o jornalismo brasileiro
Doutorando: Ricardo Uhry
Orientadora: Profa. Dra. Kati Caetano
Resumo: 1) Objetivo: relacionar práticas experimentais, categorias de The Sigma Awards e o jornalismo brasileiro. Objetivos específicos: 1.1 sintetizar práticas do jornalismo experimentador e as categorias de The Sigma Awards; 1.2 relacionar práticas experimentais, categorias de The Sigma Awards com jornais brasileiros; 1.3 sistematizar o jornalismo experimentador. 2) Justificativa: O jornalismo passa por crises que exigem o desenvolvimento de práticas que apresentam aspectos que envolvem imersividade, conectividade, algoritmos, sensibilidade, datificação, experiencial, artístico, estético e outros experimentos em jornalismo. As práticas lançam as sementes do jornalismo do futuro. Algumas encontram reconhecimento em The Sigma Awards, que procura destacar as melhores práticas jornalísticas de dados. 3) Problema: Como as práticas experimentais e as reconhecidas em The Sigma Awards refletem-se no jornalismo brasileiro? 4) Argumento: A premiação pode sinalizar os melhores experimentos e seu emprego de diferentes formas pode caracterizar o jornalismo experimentador, o que adota práticas inovativas que podem ter reflexos no jornalismo brasileiro. Há que experimentar para construir um futuro para o jornalismo. 6) Metodologia: abordagem qualitativa em etapas: 1a. exploratória e bibliográfica, (a) levantamento bibliográfico sobre o jornalismo experimentador e The Sigma Awards, (b) monitoramento e identificação de práticas experimentais de jornais brasileiros digitais, no período de agosto de 2020 a agosto de 2021; 2a. estudo de caso múltiplo (YIN, 2001, p. 67-76) podendo-se “utilizar vários métodos” (MARTINO, 2018, p. 150-154): pesquisa indiciária (BRAGA, 2008), análise de discurso e visadas (CHARAUDEAU; MAINGUENEAU, 2020; CHARAUDEAU, 2018), semiótica do discurso (FONTANILLE, 2019) e sociossemiótica (LANDOWSKI, 2014); outros. 6) Referencial teórico: jornalismo experimentador: Guerra (2017), Brasil (2018); Cramerotti (2009), D’Andrea (2020), Diakopoulos (2019), Finn (2017), Longhi; Caetano (2019); Pavlik (2019); Postema; Deuze (2020); Salaverría (2015) e Van Dijck (2019). 7)
Palavras-chaves: práticas experimentais jornalísticas; jornalismo experimentador.
